Ortopedia

Artrose do Joelho (Gonartrose): sintomas, causas e tratamentos modernos para aliviar a dor e recuperar a mobilidade

Artrose de Joelho

Conteúdo informativo, voltado ao público leigo, para orientação geral. Não substitui consulta médica individualizada.

Por Dr. Carlos Eugênio Silva Martins

Northos – Núcleo Avançado de Ortopedia
Pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia, Clínica da Dor e Intervenção em Dor


Resumo do que você vai encontrar aqui

  • O que é a artrose do joelho (gonartrose), seus sintomas e fatores de risco
  • Como é feito o diagnóstico e quando procurar um especialista
  • Tratamentos convencionais: mudança de estilo de vida, fisioterapia, medicamentos, joelheiras e palmilhas
  • Tratamentos intervencionistas: infiltrações com ácido hialurônico (viscosuplementação), ortobiológicos (como PRP), terapia por ondas de choque, laser de alta intensidade e campo magnético
  • Opções cirúrgicas: quando considerar e quais são as alternativas
  • Dicas práticas do dia a dia e perguntas frequentes
  • Como agendar sua avaliação com a equipe da Northos

O que é artrose do joelho (gonartrose)?

A artrose do joelho, também chamada de gonartrose, é o desgaste progressivo da cartilagem que reveste as superfícies da articulação. Com o tempo, esse desgaste pode provocar dor, rigidez, inchaço e limitação de movimento. É uma condição comum, especialmente após os 45–50 anos, mas também pode afetar pessoas mais jovens, principalmente quando há sobrecarga articular, desalinhamentos, lesões prévias ou histórico familiar.

Sinais e sintomas mais comuns

  • Dor no joelho que piora com esforço e alivia com repouso
  • Rigidez ao levantar da cama (rigidez matinal) ou após ficar muito tempo sentado
  • Inchaço (derrame articular) e sensação de calor local
  • Crepitação (estalos) ao movimentar o joelho
  • Diminuição da mobilidade e dificuldade para subir/descer escadas
  • Em fases avançadas, deformidades e “desalinhamento” do joelho

Fatores de risco

  • Idade e histórico familiar
  • Excesso de peso (aumento de carga sobre a articulação)
  • Lesões prévias (menisco, ligamentos), cirurgias anteriores
  • Atividades com esforço repetitivo ou impacto sem preparo adequado
  • Desalinhamento dos membros inferiores (varo/valgo)
  • Doenças inflamatórias e metabólicas

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, feito por um ortopedista a partir da sua história, exame físico e, quando necessário, exames de imagem.

  • Radiografias do joelho ajudam a avaliar o espaço articular e a presença de osteófitos (bicos de osso).
  • Em alguns casos, a ressonância magnética pode detalhar cartilagem, meniscos e outras estruturas.
  • A avaliação inclui suas atividades, objetivos e comorbidades, para personalizar o plano de tratamento.

Tratamentos convencionais (não cirúrgicos)

Em muitos casos, o tratamento não cirúrgico controla a dor e melhora a função.

1) Educação, hábitos e estilo de vida

  • Controle do peso: perder mesmo 5–10% do peso já reduz bastante a sobrecarga no joelho e a dor.
  • Atividade física regular: caminhar em terreno plano, bicicleta ergométrica ajustada, natação ou hidroginástica.
  • Alternar atividade e descanso: evite longos períodos sentado ou em pé; faça “pausas ativas”.
  • Frio e calor: gelo em crises de dor/inchaço; calor suave (bolsa térmica) para aliviar rigidez.

2) Fisioterapia e exercícios

  • Fortalecimento de quadríceps, glúteos e core para estabilizar o joelho.
  • Treino de mobilidade, alongamentos e reeducação do movimento.
  • Estratégias de proteção articular e orientação para o dia a dia (subir escadas, sentar/levantar, agachar).
  • Em muitos pacientes, a fisioterapia é o pilar do tratamento.

3) Órteses e adaptação

  • Joelheiras funcionais e palmilhas podem ajudar em casos selecionados, especialmente quando há desalinhamento.
  • Calçados adequados e amortecidos reduzem impacto.

4) Medicamentos

  • Analgésicos simples e anti-inflamatórios em fases de dor, por tempo limitado e com avaliação de riscos e benefícios.
  • Pomadas e géis anti-inflamatórios podem ser úteis com menos efeitos sistêmicos.
  • Suplementos (como colágeno, glicosamina e condroitina) têm evidências variáveis; algumas pessoas relatam benefício, outras não. A indicação deve ser individualizada.

Tratamentos intervencionistas avançados

Quando as medidas convencionais não são suficientes, existem opções minimamente invasivas para reduzir a dor e melhorar a função. A indicação depende da avaliação clínica e do estágio da artrose.

1) Infiltração com ácido hialurônico (viscosuplementação)

  • O ácido hialurônico atua como um “lubrificante” intra-articular, reduzindo atrito e dor, e auxiliando a mobilidade.
  • Pode proporcionar alívio por meses em casos selecionados.
  • Existem diferentes formulações; a escolha é feita de acordo com o perfil do paciente.

2) Ortobiológicos (por exemplo, PRP – Plasma Rico em Plaquetas)

  • O PRP utiliza componentes do próprio sangue do paciente, concentrando plaquetas que liberam fatores de crescimento, com potencial de reduzir inflamação e dor.
  • Em artrose leve a moderada, pode melhorar sintomas e função em alguns pacientes.
  • Outras abordagens ortobiológicas existem, mas a indicação precisa ser criteriosa, baseada em evidências atuais e objetivo terapêutico.

3) Terapia por ondas de choque

  • Utiliza ondas mecânicas para modular dor e estimular respostas biológicas.
  • É mais consolidada para algumas tendinopatias; em artrose, pode ser considerada como parte de um plano multimodal, principalmente em fases dolorosas e em casos específicos.
  • O benefício depende da seleção adequada do paciente e do protocolo.

4) Laser de alta intensidade (HILT)

  • Recurso de fototerapia que pode auxiliar na analgesia e no processo inflamatório.
  • Estudos mostram melhora de dor e função em curto a médio prazo para alguns pacientes, como complemento à fisioterapia e às mudanças de estilo de vida.

5) Terapia com campo magnético (PEMF)

  • A estimulação eletromagnética pulsada pode ajudar no controle da dor e na função em artrose de joelho em determinados casos.
  • Geralmente é utilizada como terapia adjuvante, dentro de um plano global de reabilitação.

Observação importante: a resposta às terapias varia entre pacientes. Na Northos, avaliamos histórico clínico, estágio da artrose, alinhamento, nível de atividade e expectativas, para propor a combinação mais adequada e segura.


Tratamentos cirúrgicos

Quando a dor e a limitação persistem apesar do tratamento adequado, a cirurgia pode ser o caminho.

  • Artroscopia: tem indicação limitada na artrose; em geral, não “cura” o desgaste. Pode ser considerada em situações muito específicas (por exemplo, remoção de corpos livres).
  • Osteotomia: realinha o joelho para redistribuir carga, indicada sobretudo em pacientes mais jovens com desalinhamento e artrose localizada.
  • Artroplastia unicompartimental: substituição parcial, quando o desgaste é restrito a um compartimento.
  • Artroplastia total do joelho (prótese): indicada em artrose avançada com dor e incapacidade significativas. Hoje, as técnicas e os materiais oferecem alta taxa de satisfação quando bem indicados, com reabilitação orientada.

Dicas práticas para o dia a dia

  • Prefira superfícies planas na caminhada.
  • Suba escadas devagar, apoiando no corrimão; desça em ritmo confortável, priorizando a segurança.
  • Ajuste a altura da cadeira para evitar joelhos muito flexionados.
  • Mantenha rotina de exercícios de baixo impacto 4–5 vezes por semana.
  • Cuide do sono e do estresse: ambos influenciam a percepção de dor.
  • Não interrompa seu tratamento sem orientação.

Perguntas frequentes (FAQ)

Artrose tem cura?

A artrose é um processo de desgaste crônico. Não falamos em “cura”, mas há como controlar a dor, manter a mobilidade e retardar a progressão com um plano adequado.

É normal o joelho inchar?

Sim, em fases inflamatórias pode haver derrame articular. Gelo, repouso relativo e ajuste das atividades ajudam, mas é importante avaliar a causa.

Posso praticar corrida?

Depende do estágio e da mecânica do seu joelho. Muitas vezes priorizamos exercícios de menor impacto. Alguns pacientes conseguem correr com orientação específica e fortalecimento adequado.

A infiltração “acaba com o joelho”?

Não. Quando bem indicada e com técnica adequada, a infiltração é uma ferramenta importante. O tipo (corticóide, ácido hialurônico, PRP) e a frequência devem ser definidos em consulta.

Quando considerar cirurgia?

Quando dor e limitação persistem apesar de medidas bem conduzidas, e quando a artrose é avançada ao ponto de comprometer a qualidade de vida.


Agende sua avaliação

Na Northos – Núcleo Avançado de Ortopedia, nossa equipe oferece abordagem integrada para artrose do joelho, combinando fisioterapia personalizada, educação em saúde, controle de carga, infiltrações com ácido hialurônico, terapias ortobiológicas (como PRP), além de recursos como ondas de choque, laser de alta intensidade e campo magnético, quando indicados.

  • Agende sua avaliação com um dos profissionais da Northos para um plano de cuidado individualizado e seguro.
  • Entre em contato pelos nossos canais oficiais e escolha o melhor horário para você.

Mensagem final

Cada joelho conta uma história. Com diagnóstico correto e um plano de tratamento bem conduzido, é possível reduzir a dor, recuperar a confiança nos movimentos e voltar a fazer o que você gosta com segurança. A equipe da Northos está pronta para ajudar. Agende sua avaliação com um dos nossos profissionais e comece hoje seu caminho de volta à mobilidade.

Aviso: Este material é educativo e não substitui consulta médica. Procure avaliação especializada para diagnóstico e tratamento específicos ao seu caso.

Sobre o autor

Dr. Carlos Eugênio Silva Martins
Northos – Núcleo Avançado de Ortopedia
Pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia, Clínica da Dor e Intervenção em Dor